Hoje decidi falar sobre: Liberdade de Expressão, tendo em conta que nos últimos dias quase fui crucificada só por ter expressado a minha opinião.
No último dia de aulas antes das férias da Páscoa, foi organizado um Desfile de Moda na minha antiga escola, apesar de não ter ido, acabei por ver algumas fotos e alguns vídeos espalhados pelo Facebook. Não gostei nada daquilo que vi e expressei a minha opinião em público no estado do Facebook. Eu sei que não sou a pessoa mais simpática do mundo e que não digo as coisas da maneira mais sensível, mas também não era preciso tanto escândalo. O que eu escrevi foi o seguinte:
"Isto vai acabar por ofender alguém (mas como isso não me interessa), só tenho uma coisa a dizer sobre aquilo que vi do desfile: AHAHAHAHAHAHAH «vómito» Não podia deixar de comentar isto. E tenho dito!"
(Que carinho e sensibilidade, ãn!? Mas eu sou assim.)
Então não é que, logo a seguir, recebi uns três ou quatro pedidos de amizade no Face, de gente que não só anda na escola, como participou e desfilou no evento!? Eu aceitei, claro. Uma dessas pessoas foi logo a primeira a ofender-se, escrevendo no seu estado o típico cliché de quem não tem argumentos e então ofende dizendo que quem critica tem é inveja e dor de cotovelo. Depois disso foram mais duas ou três para a publicação dela crucificar-me com a inveja e dor de cotovelo e que não tinha mais o que fazer. Até houve uma que disse que se tivesse tido uma vida tão difícil como a dela se calhar já não criticava e que para o ano já não participava. A outra disse que para o ano estava lá à mesma e que quem gosta dela, gosta. Quem não gosta ponha para as bordas. Digam-me se isto não é pensamento pequeno de gente que se acha grande!? Enfim. Lá tive eu que comentar (mas no meu Face, claro. Porque no que é meu ninguém me pode impedir de escrever) que a minha crítica nunca e em nada teve a ver com o aspecto físico de quem desfilou, pois a mim não me interessa se elas são altas, baixas, magras, gordas, loiras, morenas ou assim assim. A minha crítica teve pura e simplesmente a ver com a decoração que eu achei de baixo nível e as roupas não tinham ponta de piada por onde se pegasse.
Tudo bem que aquilo era um desfile de escola, não era nenhum Moda Lisboa ou Paris ou Milão, mas se é para fazer e se é para perder tempo e pedir patrocínios e quem forneça a roupa, então que se faça bem feito. Eu até acredito que a organização se tenha esforçado naquilo, que os participantes se tenham divertido e que no fim até tenham atingido os objectivos. Mas como espectadora não me cativou, só pelas fotos e pelos vídeos deu para perceber que não perdi nada em não ter ido ver (e antes do acontecimento eu até andei a tentar ir, mas não consegui). O que as rapariguinhas não perceberam, visto que têm na ideia que o mundo gira à volta delas e está visto que o cérebro não argumenta com a mesma força do egocentrismo de cada uma, é que o aspecto de uma modelo em desfiles de escola não é o que mais conta, mais importante que isso é um espaço envolvente capaz de cativar o público e ainda mais importante é a beleza das roupas ao ponto de motivar uma pessoa a comprar aquela peça, pois é isso que uma pessoa vai apreciar num desfile de moda, ROUPA! Não é para ir lá acenar ao amigos e gritar "úhúh és lindo(a)" e com cartazes "Eu estou aqui e vim-te ver".
Pior que tudo isto foi, ainda, alguém se ter dado ao trabalho de ir dizer o seguinte ao meu namorado: "Já viste o que é que a tua namorada têm no perfil do Facebook?! É um bocado estúpida!" Ora isto é que é meterem-se na vida das pessoas, ãn! E ele, como defensor dos coitadinhos que é e sempre foi desde que seja para ficar contra mim, espetou-me lá com um comentário tão desnecessário que fiz questão de o apagar logo no momento em que acabei de ler. Como é óbvio liguei-lhe para me justificar e, mais uma vez, explicar, porque estas pessoas não percebem o português à primeira, que não tinha falado mal de ninguém, que não interessa como são as pessoas, que apenas não gostei da decoração e das roupas e tudo aquilo que já aqui referi, quando ele me sai com uma pérola de cérebro miúdo deste género: "A MIM OFENDESTE-ME. NÃO TINHAS NADA QUE ESCREVER AQUILO. NÃO TENS NADA A VER COM O DESFILE E TAMBÉM NÃO TENS NADA QUE COMENTAR O QUE QUER QUE SEJA!"
Amor, eu não te ofendi tu é que te ofendeste. Ah, esqueci-me de mencionar o facto de que ele foi um dos modelos masculinos a desfilar.
Então mas eu agora não posso publicar no meu próprio Facebook aquilo que me dá na real gana?! É proibido?! Onde é que está escrito que passou a não haver Liberdade de Expressão e que eu tenho que me calar só porque tenho uma opinião negativa em relação a algo?! Era o que mais me faltava.
Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.
E discuti. E gritei. E disse: "TU ATÉ DEFENDIAS O DIABO SÓ PARA FICAR CONTRA MIM. PARA TI O RESTO DO MUNDO É PERFEITO, SÓ A TUA NAMORADA É QUE TEM DEFEITOS." Mas a força com que eu gritei isto, parece que me iam sair os pulmões pela boca. Mas é verdade, não é a primeira, nem a segunda vez que ele põe defeito. Ou se sai com um "ai estás tão magra" (como se ele fosse portador de um grande corpo musculado), ou se sai com outro "ai esses óculos ficam-te mal, são demasiado grandes para a tua cara" (Querido, o resto do mundo pode odiar, mas desde que eu goste, mando f*der) e ir ás compras com ele então é para esquecer, não há vez nenhuma em que não tenha que gritar no meio da loja e desaparecer da vista dele para não ter que me chatear mais.
Enfim. O que não me mata, torna-me mais forte. E como diz a minha tatuagem e muito bem: LIFE GOES ON.
Ah, e naquela tão fantástica conversa e argumentação inteligente entre as miúdas, fui indirectamente chamada de girafa. Como eu sou a estupidez em pessoa (ao que parece) fiz questão que a minha segunda publicação no Face fosse uma girafa com a seguinte descrição:
"With this size I can see the entire world from up here, with your size all you can do is kiss my ass suckers! [I know I can be a biátch sometimes, and so what!? blame me...or blow me! whatever you like the most!] ahahah. Good night everyone (:"
Bem, o que posso mais eu dizer. Sou um amor e gosto de o demonstrar. Odeiem-me por isso. não quero saber. É a minha personalidade, não vou mudar só para agradar alguém. Eu consigo ser simpática, consigo ser amiga, consigo ser a melhor pessoa do mundo. Mas quem não consegue lidar com o meu pior, sem dúvida alguma que não merece sequer conhecer o meu melhor. É por isso que tenho poucos amigos, mas são os melhores do mundo. Quem não tem capacidade para quebrar a minha barreira anti-gente-que-não-interessa-a-ponta-dum-corno, pode pensar de mim o que quiser, que não me afecta!
E pronto, era isto que queria partilhar. E tenho dito!
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